terça-feira, 17 de março de 2015

Grandes poderes requerem grandes responsabilidades

Ontem encontrei um texto motivacional que escrevi e li para o pessoal que trabalhava comigo, na minha agência de publicidade, em 2013. Nada descreve melhor esse discurso que a fala do Tio Ben para o Peter Parker (Homem-Aranha), "Grandes poderes requerem grandes responsabilidades".


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George Bernard Shaw, foi um romancista, dramaturgo e jornalista fundador da London School of Economics. Um grande defensor dos trabalhadores, escreveu diversos folhetos e discursos além de que, viveu basicamente em função dessa causa que inclui direitos iguais entre homens e mulheres, pausar o abuso das classes trabalhadoras e promoção do estilo de vida saudável. Ganhou o Prêmio Nobel em 1925 e também um Oscar em 1938.

Estou falando dele aqui, porque alguns dos seus pensamentos são muito próximo ao meu e uma vez, ele disse:

“Liberdade significa responsabilidade. É por isso que tanta gente tem medo dela.”

Com toda certeza, é uma frase de impacto e pesada. Mas, cai como uma luva na forma como trabalhamos na SOSComo todos sabem, não grito, não xingo, não cobro horários, as vezes sou meio chato porque todo chefe tem que ser, mas também não gosto da palavra chefe, que ao meu ver, é negativa.

E assim, podia estar matando, podia estar roubando, mas não. Estou aqui conversando com vocês e preocupado com uma coisa só:

Ser a família SOS!

Construir um lugar onde todos gostem de estar e todos gostem de todos. E é comum ouvirmos pessoas dizendo que amigos são a família que nós escolhemos, e é disso que eu estou falando aqui.

Legal Rafa, e o que a frase do Bernard Shaw tem haver com tudo isso?

RESPONSABILIDADE.

A SOS, vende comprometimento e transparência. E para que essa promessa possa ser cumprida, nossos colaboradores, que para mim são mais amigos e verdadeiros parceiros do que qualquer outra coisa, precisam entregar isso. Porém tudo isso depende exclusivamente de uma coisa só:

RESPONSABILIDADE.

Que como Shaw mesmo disse e eu repito...

“Liberdade significa responsabilidade. É por isso que tanta gente tem medo dela.”

Vou mais longe. No dicionário responsabilidade significa:
Dever de arcar com o próprio comportamento ou com as ações de outrem.

Para mim, responsabilidade além de tudo isso também é o que difere homem de menino, mulher de menina, colaborador de funcionário e por ai vai.

E nesse momento todos devem estar se pensando, lá vem o Rafael com apenas 26 anos, dar uma de entendido, falar coisas para TENTAR nos fazer trabalhar mais. E é ai que está o erro. Estou aqui para contar o que fez com que eu pudesse montar minha própria agência, afinal, a mais ou menos 5 anos atrás eu estava sentado dentro de uma outra agência em uma função igual ou parecida com a de vocês.

Para que tudo que eu sempre sonhei acontecesse, precisei de algumas coisas:
     - Saber o que queria ou onde queria chegar
     - Ter RESPONSABILIDADE
     - Lutar por isso

A parte do lutar por isso é, com toda certeza, a mais difícil. Digo isso, porque faço isso a vida toda. Tenho meus momentos de desânimo, mas como eu sou o “chefe” não posso me dar ao luxo e tenho que me automotivar. E pior, ainda estou nessa etapa e vou continuar por um bom tempo, porque o que eu quero é o que vocês querem. Espero eu.

É natural termos altas e baixas na equipe, afinal, não são todos que querem coisas as quais a SOS pode oferecer.

Fato importante, que poucos sabem... é que não montei uma agência para ficar milionário e sim, para ter um ambiente de trabalho onde eu tivesse TESÃO em trabalhar e passar a maior parte do tempo. Como fiz isso com pensamento de um colaborador e não de um "chefe", a tendência é que todos tenham a oportunidade de compartilharem esse sentimento. Mas como eu sempre digo:

"Tudo na vida é questão de tempo e investimento"

e como o Silvio Santos diz:


“Dinheiro é troféu”

E quem ganha troféu é quem soma. Para somar, temos que antes de mais nada, ter responsabilidade.

A responsabilidade é importante não só para o trabalho, mas para tudo na vida, afinal, quem não quer poder confiar nas pessoas? Quem não quer ter aquele amigo ponta firme, com quem você pode sempre contar? Tem coisa melhor que alguém dizer para você, "deixa pra mim e dorme tranquilo ai", sabendo que ele fará aquilo, afinal, chamou a responsabilidade para ele?

E tenho certeza que cada um aqui tem capacidade e potencial suficiente para o mesmo, até porque se não tivessem, não estariam aqui trabalhando e ouvindo isso.

E para parar de encher, finalizo com umas perguntas que devem-se fazer para vocês mesmo, responder para vocês mesmos e FAZER ACONTECER, porque só depende de você!

- Como as pessoas veem você?
- Você é responsável?
- As pessoas podem contar com você?
- O que você pode mudar?

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Espero de verdade que tenham gostado. Quem quiser me mandar perguntas ou sugestões de posts estou 100% aberto, e se puder vou responder com um post.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Cuide do seu maior bem!

Recentemente estava lendo umas matérias na revista exame, em sites diversos pela internet e percebi que precisava dar mais atenção para minha saúde, afinal estava 20kg (agora só 12kg) a cima do peso e também porque comecei a me questionar… Qual imagem eu estou passando? Uma pessoa que não sabe cuidar nem de si mesmo, como ela vai cuidar do marketing da minha empresa ou das estratégias de captação de novos negócios/clientes? Não sabe administrar nem a si mesmo, como vai administrar minha verba de marketing/publicidade?

Ou seja... comecei a CUIDAR DO MEU CORPO E DA MINHA SAÚDE, afinal de contas, se ele não estiver bem, não vou conseguir pensar, nem trabalhar e nem curtir minha família… ele é único e não é como um carro que quando estraga eu vou lá e compro outro.

De nada adianta eu estudar incansavelmente e trabalhar como louco se não cuido da saúde. Que é a principal coisa para que eu possa render melhor e produzir mais, pensar mais, ser mais eficiente e ainda ser um bom marido/amigo.

Me decidi. Desde o início do ano fui em uma nutricionista, Elizabeth Gorski, mas não tinha conseguido reeducar minha alimentação da forma ideal, e foi do dia 01/12/2014 para cá que mudei 100% minha alimentação, exatamente como a Beth tinha me ensinado.

Hoje minha resistência é maior, minhas dores de cabeça são menores, meus problemas estomacais estão sumindo e a capacidade de pensar esta a todo vapor. Também não me sinto mais casado como antes, mesmo praticando atividades físicas 6x por semana e comendo ⅔ menos do que eu comia antes.

E não pense que é chato, eu me divirto com as atividades, porque corro, malho, jogo tênis, jogo bola, o que der… só cuido para estar sempre me movimentando. Também não deixo de comer o que gosto, só evito o que faz mal e dou sempre a preferência para o que faz bem. Além do mais, como gosto de cozinhar, comecei a fazer as comidas que gosto numa versão mais light e não com menos sabor. Pessoal da Agência SOS que as vezes vem comer aqui em casa, pode provar isso.

Fico assustado quando antes eu corria apenas atrás do sucesso, que no início eu achava que era apenas ganhar dinheiro, mas como Sílvio Santos diz, dinheiro é troféu, é merecimento. Eu deixava a saúde de lado, me matava madrugadas e madrugadas com muita pizza, coca, energético e sedentarismo na frente do computador. E não me preocupava em como eu iria aproveitar o sucesso quando o alcançasse.

As perguntas que não querem calar:
Como está cuidando do seu maior bem, sua saúde, seu corpo?
Quanto tempo do seu dia você guarda para você?
Porque que no carro você coloca a gasolina certa, troca o óleo a cada 10km, manda lavar e encerar, leva para as revisões?

Obs.: Se não faz isso nem com carro e muito menos com você, tem muita coisa errada!

Pensamento filosófico:
"A saúde é como a amizade/amor: só damos valor quando perdemos." Modifiquei a frase de Charles Colton.

domingo, 14 de dezembro de 2014

Faça sua empresa não depender de você

Hoje vou começar ao contrário do padrão e colocar primeiro uma frase (o famoso pensamento filosófico) que encontrei no livro "100 Maneiras de Motivar as Pessoas", e que eu indico para qualquer empresário ou gestor que sonha em ser um líder e não um chefe.

*Chefe, as pessoas respeitam pela hierarquia e líder, é o cara que as pessoas seguem simplesmente porque acreditam ou admiram certa postura ou pensamento. Mas isso é um tema para outro post.

Pensamento Filosófico:
Não diga aos outros como fazer as coisas, mas o que fazer, e deixe que o surpreendam com o resultado.” George S. Patton


Quando comecei com a Agência SOS em 2009/2010 fechei com o André Macias para fazer o site da empresa dele, que me falou uma coisa a qual ficou marcada na minha cabeça e desde então todas as decisões que tomei foram com base nessa dica que ele me deu:

"Monte uma empresa que não dependa de você."

E até pouco tempo atrás eu achava que estava fazendo isso, mas sempre chamava a responsabilidade, na preocupação de achar que ninguém faria igual ou melhor que eu, afinal eu era da produção, tinha estudado muito, adquirido uma enorme experiência e acabava fazendo de tudo um pouco dentro da empresa, o que fazia com que ela dependesse 100% de mim. E isso além de ruim, não era o que eu queria e ia contra o que o André tinha me dito.

Meus colaboradores, por melhores que eles fossem, não sentiam autonomia para tomar decisões importantes sozinhos, com medo de falhar ou de tomar uma bronca. E o pior, a empresa sugava minha vida, meus pensamentos e inclusive muitas noites com preocupações desnecessárias. Acabava deixando família, namorada e até minha saúde de lado. E já tinha mais de 4 anos de empresa e nunca tinha tirado nem 10 dias de férias.

Mas em outubro desse ano eu casei e precisei começar a me preparar para a viagem de lua de mel. Afinal eram 30 dias longe da empresa e não poderia deixar ela parar por não estar aqui. Então fui trocar ideia com algumas pessoas para buscar dicas e conhecimentos em alguns livros e decidi duas coisas extremamente importantes:

  1. Se estruturar para depois crescer
  2. Delegar e deixar as pessoas tomarem decisões sozinhas, sem que tudo precise passar por mim.

Hoje vou falar só do item 2. Que é de longe o mais tenso, afinal precisava deixar os colaboradores fazerem do jeito deles e tomarem algumas decisões por mim, mas antes eu tive que criar alguns padrões, definir processos, montar a filosofia da empresa e mostrar para todos qual era o planejamento da SOS (objetivos e metas) e qual era a função de cada um ali dentro. E somente com essas coisas eles poderiam realmente tomar qualquer decisão, sem mudar os rumos que eu tinha escolhido para SOS.

E sabe o que foi o mais incrível?
Como me preparei e coloquei dentro da minha cabeça que ninguém é igual ao outro, que ninguém é insubstituível (nem mesmo eu), que "todo mundo é melhor que eu em alguma coisa e essa coisa eu vou aprender com ela" (Roosevelt) e que ali na Família SOS todos queriam chegar no mesmo lugar. DEU TUDO CERTO, o pessoal do financeiro, do comercial e da produção cada um fez a sua parte.

Resumindo:

  1. Crie filosofias, detalhe processos e funções.
  2. DELEGUE dizendo O QUE você precisa e PORQUE precisa.
  3. Não queira achar alguém para te substituir, mas sim várias pessoas que sejam melhor que você em alguma das áreas da empresa e deixe que ela tomem as decisões.
  4. Fique a disposição apenas para quando elas realmente tiverem dificuldades e então procurarem você.
  5. Entenda que ninguém deve fazer como você, cada pessoa tem a sua maneira de fazer as coisas e que não existe apenas um caminho para levar para o mesmo lugar.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

O maior “comerciante” de Guarapuava

Me bateu uma saudades da época em que morava em Guarapuava no Paraná... oooooohhhh tempo mais LOCO DE BOM.

Tinha por volta de 8 anos, meu pai trabalhava na Usina de Segredo e minha mãe no SESI. Eu deveria estar na primeira ou segunda série do ensino fundamental, no Colégio Nossa Senhora de Belém (que me recordo até hoje de tanto que escrevi no cabeçalho das provas esse nome) e morava pertinho dali, bem no centro da cidade.

Com toda essa nostalgia, acabei descobrindo que na verdade vender conchinhas foi meu segundo negócio e que a minha primeira empresa foi no ramo varejista de pulseiras feitas de fios de telefone, aqueles “coloridinhos” sabem?

Então vamos lá...


Minha, verdadeira, primeira empresa.

Como qualquer piá de prédio, eu tocava o terror e deixava a Eva, a melhor empregada que eu já tive, de cabelos em pé. Meu pai, que sempre foi de inventar coisas e contar histórias de quando era pequeno, chegou em casa um belo dia com um cabo daqueles grossos que têm centenas de fiozinhos coloridos dentro e entregou na minha mão para ver o que eu faria.


Claro, fiquei segurando e olhando para ele com aquela cara de bobo querendo dizer: O que eu vou fazer com isso, se for um presente, meu você tá ficando gagá. Depois de um tempo se divertindo as minhas custas, ele me disse: Tá vendo esses fios? Podemos fazer pulseiras, veja!

Curioso, perdi umas 3h com aquilo e finalmente aprendi como fazer. Dai para frente, criei diversas combinações de cores de pulseiras, mas não podia usar todas. Pensando em como resolver isso, pois minha mãe já queria jogar no lixo minhas maravilhosas criações, e também em como convencer minha mãe a comprar mais Kinder ovos para aumentar minha coleção de brinquedinhos acabei tendo uma incrível ideia.

Resolvi vender as pulseiras para a galera do prédio. Ofereci para alguns amigos e não tive muito sucesso. Insistente, fui lá e coloquei uma mesa na rua em frente ao prédio e continuei a não vender. Como de costume de todo brasileiro, insisti mais um pouco e se vendi uma, foi muito. Não lembro direito, mas se não me engano foi meu pai, também, que me deu a ideia de colocar todos os meus brinquedos do Kinder ovo junto na mesa para chamar a atenção.

Não é que deu certo? Só tive um problema, todos queriam comprar os brinquedinhos e não as pulseiras. Então foi ai que comecei a fazer vendas casadas e fiquei sem pulseira e sem brinquedinhos.

Como fiquei sem coleção, comecei um álbum de figurinha do campeonato brasileiro de futebol onde o símbolo do Palmeiras ainda era o periquito, e  do Atlético Paranaense, era o cartola. 

Foi uma empresa temporária porque a matéria prima acabou, os brinquedinhos acabaram e porque eu era criança e queria mais brincar do que trabalhar. E é isso que toda criança deve fazer.


Maaaaas, só fui perceber recentemente que o meu espírito empreendedor já começava ali e, ser um empresário não seria uma escolha, mais um instinto. E por incrível que pareça, depois de ter uma enorme família, ter meu grupo de empresas é a coisa que mais quero.


Pensamento Filosófico:
"Tente mover o mundo - o primeiro passo será mover a si mesmo." Platão

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Escreva seus objetivos e mensure os

Sempre quis muitas coisas, mas nunca tinha as escritos em um papel. Há aproximadamente 5 anos comecei a fazer isto toda virada de ano, junto com a minha noiva Rafaela Darela, cada um fazia o seu pessoal e fazíamos um juntos, então quando montei a Agência SOS fiz para ela também.

Me parecia algo chato, totalmente desnecessário, afinal de contas eu sabia muito bem o que eu queria, mas quando passei para o papel vi que tudo ficou muito mais claro e passou a virar uma meta. Comecei a encarar como um desafio e não queria falhar comigo mesmo, pois no próximo ano eu precisaria rever aquele os objetivos e refazê-los. E assim, se você não faz as coisas para você mesmo, vai fazer para quem?

Como gosto muito de medir as coisas para mudar o que for preciso antes da coisa ficar feia, passei a mensurar meus objetivos, revejo eles várias vezes ao ano e anoto o que foi feito, o que não foi feito e porque. Com frequência me surpreendo com meus resultados, mas como ninguém é perfeito, quando ando fora da linha, ainda é tempo de voltar para os trilhos e atingir os objetivos daquele ano.

Isso tudo, além de me deixar orgulhoso de mim mesmo, me faz crescer mais e mais a cada vez que releio meus objetivos, que anoto no bloco de notas do iPhone, e principalmente a cada ano que os reescrevo, pois consigo ver que mesmo em um ano ruim, eu consegui fazer mais coisas boas do que ruins ou sem importância.

Tem vezes que dá até uma vontade de ler parar as pessoas, publicar no Facebook, fazer uma capa de jornal e até mesmo contar ao vivo no Jornal Nacional.

Dica: Para a empresa, mais importante que ter os objetivos claros e escritos, é preciso compartilhar com todos os colaboradores e re-compartilhar pelo menos 3 vezes no ano, porque por mais que cada um ande pela sua estrada, seja de carro, bike ou a pé e que seja de barro, pedra ou asfalto, no final todo mundo chega no mesmo lugar e todos ganham. Sempre que possível faça uma festa com o pessoal para comemorar os objetivos alcançados.

Resumindo: É simples, se não souber onde quer chegar nunca vai chegar.

Espero ter ajudado!

Pensamento filosófico:
“Enquanto o homem não souber para que ponto quer ir, nenhum vento será vento certo.” Sêneca.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Dono tem que chegar antes e sair depois

Sempre pensei que abrindo meu próprio negócio eu iria trabalhar menos e ganhar mais. Doce ilusão!

Esse pensamento mudou rapidamente e te digo que não fiquei decepcionado, pois agora eu faço esforço para mim mesmo. Pareço um pouco egoísta falando assim, mas no início não tem como uma empresa não ser a cara do dono, ter as mesmas filosofias, e objetivos muito próximos. Porém faço questão de deixar claro e ser de comum acordo com sonhos e objetivos de cada colaborar, cliente e fornecedor. E fazendo isso, com o tempo, percebi que vale a pena.

Percebi também que no começo, pelo menos nos primeiros 7 anos (já foram 4 de Agência SOS), para eu ter uma empresa de sucesso vou precisar chegar antes de todos e sair depois, pois sou eu quem faço a empresa andar. Meu tio, Paulo Ens, falou uma vez: "São as coisas que você faz a mais que os outros, que fazem você se diferenciar. Lá na frente vai perceber que esse tempo "perdido" valeu a pena".

Mesmo quando eu não queria fazer horas extras fui obrigado pelo mercado, pois não tive um investidor por trás e também não tinha dinheiro para contratar mais gente (Não estou me fazendo de coitado, tenho orgulho disso). E então percebi que a partir do momento que decidi ter a minha empresa deixei de ter apenas um chefe para ter vários. Quem pensa parecido é Julio Vasconcellos, do Peixe Urbano, que falou: “Sei que essa é a maior ilusão que existe, pois, à medida que a sua empresa começa a crescer e a dar certo, o empreendedor tem cada vez mais chefes. São os clientes, os parceiros, os investidores, os funcionários, os co-fundadores”.

Pra fechar esse assunto, deixo uma grande dica para quem quer chegar a hora que quiser e sair a hora que quiser sem peso na consciência e sem comprometer a empresa. Prepare-se desde o primeiro dia para fazer uma empresa que não dependa de você caso queira trabalhar de verdade apenas nos primeiros anos da empresa. Quanto mais demorar para fazer isso, por mais tempo vai trabalhar como um louco. E se a ideia é crescer, vai ter que fazer isso um dia, só que como tudo na vida... é questão de tempo, pular etapas só vai colocar sua empresa em risco.

Espero ter ajudado!

Pensamento Filosófico:
"Cada hora de tempo perdido na mocidade é uma possibilidade a menos nos sucessos do futuro." Napoleão Bonaparte

terça-feira, 20 de maio de 2014

Empreendedor Gladiador

Hoje recebi por e-mail um teste do Sebrae para saber qual meu perfil de empreendedor. E o resultado do meu teste disse que tenho o perfil de um empreendedor Gladior.

Confira o certificado que ganhei e faça o seu teste em: http://www.perfildoempreendedor.com.br/


O mais legal de tudo não é o certificado e sim o gráfico de seus pontos fortes e fracos como empreendedor para saber o que precisa melhorar. Confiram o meu:


Faça o seu teste e depois me conte como foi!

Pensamento filosófico: "O mundo é o que você pensa dele. Portanto, pense nele de um jeito diferente e sua vida mudará." Paul Arden

Paul Arden foi um autor influente de livros sobre publicidade e motivação como "Whatever you think, think the opposite” e também “It’s not how good you are, it’s how good you want to be”.
Duas leituras que eu recomendo!

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Nada é mais caro que não fazer pesquisa

Acerte em cheio fazendo pesquisa de mercado
Comecei a maioria dos meus negócios com ZERO reais no bolso e investindo de 25% a 75% do meu tempo e conhecimento. Não digo 100% porque além de dormir, sempre tive que trabalhar para me manter.

E por isso sei o quão caro pode parecer uma pesquisa para quem está começando, mas existem inúmeras alternativas. Uma delas é a que mais recomendo, um tal de Google (vocês devem conhecer). Começando por ele já é um bom caminho.

Existem também algumas outras formas:
-       Se for um comércio com porta para rua, senta lá na frente em horários diferentes e fica contando quantas pessoas passam e quantas delas são potenciais clientes, aproveita e observa ou conversa com quem passa por ali para analisar se o ponto tem uma boa visibilidade;
-       Existe um negócio chamado lista telefônica;
-       Cliente oculto: Entra na concorrência, observa o movimento, o comportamento dos clientes, pede orçamento, compra, reclama;
-       Procura nas redes sociais o que os clientes falam de produtos/serviços como o seu ou no caso de produtos inovadores busque por comentários de necessidade das pessoas;
-       Também no Google existe o Drive, onde você pode criar formulários de pesquisa gratuito e compartilhar o link;
-       Para projetos inovadores uma coisa sensacional é criar a versão mais básica possível e grátis (também se possível) para ver qual o nível de interesse das pessoas nisso;
-       Se for um produto, use ele, lave, de para conhecidos provarem e assegure-se o máximo possível da eficiência do mesmo;
-       Conversar com pessoas do meio;
-       Não vem mais nada. Porém os comentários estão livres para quem quiser dar outras alternativas;

Por mais inovador e revolucionário que o seu negócio seja, sempre tem algumas empresas com as quais você pode aprender algo.

Perguntar para os amigos ajuda? CLARO, desde que ele seja um potencial cliente.

Agora, é óbvio, que se tiver entre 2 e 10 mil (ou até mais) para investir em pesquisa, vale a pena. Dessa forma o resultado será bem mais confiável, porém mesmo assim não anula a necessidade de algumas das sugestões feitas a cima.

Fazendo pesquisa de mercado antes de começar o seu negócio, pode ter certeza que irá também economizar em outros pontos como:
-       Evitar de fazer um alto investimento (seja de tempo ou dinheiro) para a empresa não dar certo;
-       Encurtar processos;
-       Criar algo que não resolva realmente os problemas das pessoas;
-       Contratar pessoas de mais ou de menos;
-       Escolher um ponto ruim;
-       Trabalhar durante muito tempo em um projeto que não de certo;
-       O negócio não ser tão rentável quanto parecia inicialmente;
-       Facilidade/Dificuldade real de venda;

ATENÇÃO: Pesquisas não servem apenas para quem está iniciando, ela é essencial para quem já tem empresa e deseja crescer ou continuar existindo, pois nunca sabemos o que o cliente ou colaborador realmente pensa.

É completamente normal as pessoas se perguntarem ou até mesmo nem fazerem pesquisas com os colaboradores (que a maioria prefere chamar de funcionários) e é ai que começam os enganos, pois é ele que faz a empresa girar e que em vários casos tem contato direto com o cliente. Se ele estiver feliz, trabalha mais, se ele não compra o produto, ele também não vende, ele pode ouvir coisas que você não ouve e por consequência ter ótimas sugestões e como é ele que executa os processos, ele pode ter soluções ou até mesmo reclamações que podem fazer toda diferença.

Espero ter ajudado!

Pensamento Filosófico:
"Suba o primeiro degrau com fé. Não é necessário que você veja toda a escada. Apenas dê o primeiro passo." Martin Luther King

sábado, 3 de maio de 2014

O vendedor de “conchinhas”

Como tudo começou

Finalmente criei vergonha na cara e resolvi fazer esse blog para compartilhar um pouco de tudo que eu como empresário encaro todos os dias. Vou contar coisas que muitas pessoas falam que devem ser feitas, mas não falam como deve ser feitas e o principal, apresentar soluções de problemas que ninguém conta e que devemos aprender na raça. Meu maior objetivo é ajudar novos empresários a aprender com meus erros e ou encurtar alguns caminhos (se é que isso é possível hahaha).

Durante boa parte da minha vida profissional me questionei porque as coisas não davam certo para mim e para os outros sim. Porém aprendi que tudo tem seu tempo e nada é por acaso. Deus só nos passa para próxima fase, quando aprendemos o que precisamos para minimizar os problemas e/ou decepções lá na frente. Aprendendo isso, corri atrás incansavelmente, sempre estudando, MUDANDO e dando 110% de mim. Porque o que faz de você um grande empresário, é o quanto você trabalha a mais que os outros.

Sempre digo e repito, “tudo é questão de tempo e investimento“.

Hoje sou publicitário formado na UniCuritiba, especialista em Branding pela Estação Business School, com cursos de vendas pela UniveB e proprietário da Crank MMA e Grupo SOS formado pela Agência SOS, Race Internet, Labrador Assessoria e Champ Eventos. Porém ante disso tudo já tive 6 que não deram certo, trabalhei atualizando sites (geração de conteúdo), fui colocador de placas de carro, auxiliar administrativo, suporte técnico para servidor de hospedagem de sites e e-mails, programador, animador em flash, designer, social media, analista júnior de marketing digital, coordenador de mídia on-line, gerente de e-commerce e diretor de marketing digital.

Apesar disso tudo, sei que avancei no máximo 5% do caminho que quero percorrer e antes de começar a passar as dicas e começar a contar um pouco do meu dia a dia, vou contar um pouco sobre cada empresa que criei e não deu certo, porque considero mais importante que saber abrir uma empresa, saber a hora de fechar.

Minha primeira empresa 

Quando era criança com meus 10 anos de idade e sonhava em ser engenheiro civil como meu pai, meus amigos e eu passamos dezembro, janeiro e fevereiro na praia e vivíamos esses 3 meses com o foco apenas em soltar “bombinhas“. Porém nossas mães não eram muito a favor disso e nos controlavam não liberando dinheiro para gastar com isso. Como plano B tentamos fazer bombas caseiras com materiais que tínhamos em casa, o que óbvio, não foi bem sucedido e não recomendamos a ninguém.

Nosso plano C foi conseguir dinheiro por conta própria. Após ir na feirinha que acontecia na praça todas as noites e ver alguns comerciantes vendendo conchas, tive a mirabolante ideia de fazer o mesmo. No dia seguinte quando fomos para a praia com nossas famílias, ao invés de brincar como sempre, decidimos ir até as pedras (aproximadamente 1km da nossa casa) para “catar conchinha“, pois era lá onde elas estavam em grande quantidade e o nosso esforço seria menor.

Chegando em casa, lavamos, deixamos secar no sol para não ficar com mal cheiro, colocamos uma mesa de plástico daquelas brancas na frente do portão, espalhamos as conchas em cima dela e começamos a gritar igual víamos o sorveteiro fazer: “Olha conchinha, quem quer comprar conchinha?“.

Péééééé, não deu certo, não passava ninguém, pois chegávamos da praia 14h e depois desse horário o fluxo de pessoas não era nem a metade se comparado com o volume de pessoas que passam entre às 11h e às 14h. Alguns dias depois, quando percebemos isso, começamos a voltar antes e estar com a mesa montada às 11h para vendermos para todas as pessoas que estavam voltando para casa.

Depois de 2 semanas e quase nenhuma venda, percebemos que nossas “conchinhas” não eram atrativas o suficiente. Tivemos então a brilhante ideia de pegar umas conchas grandes que que minha vó tinha para chamar a atenção e funcionou, pouco, mas funcionou.

Minha avó e meu pai sugeriram para fazermos esculturas com as conchas, usando cola quente. Gostamos da ideia e como estávamos determinados a fazer aquilo dar certo e o que tínhamos feito até então não foi tão eficiente como imaginávamos, passei 2 dias fazendo as colagens e quando fomos para a rua novamente, para nossa surpresa, deu muito certo e conseguimos juntar alguma grana.

Foi ai que surgiu um problema. Eu não tinha como vender “conchinha” e soltar “bombinha“ ao mesmo tempo. Depois de várias investidas, consegui convencer o meu irmão mais novo, que tinha 6 anos, a cuidar da mesa por um tempo. Para minha surpresa, percebi que por ele ser mais novinho as pessoas paravam para conversar com ele por achar bonitinho, fofinho, etc. E além disso ele tinha muito menos vergonha que eu e um incrível dom de persuasão que fez nós vendermos mais “conchinhas“ que o esperado.

Claro, que ele não era burro e precisei dividir com ele os lucros, porém como ele apenas vendia e a “empresa” era minha e eu fazia o resto que ele não sabia, minha porcentagem era maior.

Essa brincadeira durou pelo menos 2 temporadas, nos rendeu muitas “bombinhas“ e sem perceber ganhei muita experiência.

Pensamento Filosófico:
"Tudo na vida é questão de tempo e investimento." Rafael Perozin