quarta-feira, 17 de setembro de 2014

O maior “comerciante” de Guarapuava

Me bateu uma saudades da época em que morava em Guarapuava no Paraná... oooooohhhh tempo mais LOCO DE BOM.

Tinha por volta de 8 anos, meu pai trabalhava na Usina de Segredo e minha mãe no SESI. Eu deveria estar na primeira ou segunda série do ensino fundamental, no Colégio Nossa Senhora de Belém (que me recordo até hoje de tanto que escrevi no cabeçalho das provas esse nome) e morava pertinho dali, bem no centro da cidade.

Com toda essa nostalgia, acabei descobrindo que na verdade vender conchinhas foi meu segundo negócio e que a minha primeira empresa foi no ramo varejista de pulseiras feitas de fios de telefone, aqueles “coloridinhos” sabem?

Então vamos lá...


Minha, verdadeira, primeira empresa.

Como qualquer piá de prédio, eu tocava o terror e deixava a Eva, a melhor empregada que eu já tive, de cabelos em pé. Meu pai, que sempre foi de inventar coisas e contar histórias de quando era pequeno, chegou em casa um belo dia com um cabo daqueles grossos que têm centenas de fiozinhos coloridos dentro e entregou na minha mão para ver o que eu faria.


Claro, fiquei segurando e olhando para ele com aquela cara de bobo querendo dizer: O que eu vou fazer com isso, se for um presente, meu você tá ficando gagá. Depois de um tempo se divertindo as minhas custas, ele me disse: Tá vendo esses fios? Podemos fazer pulseiras, veja!

Curioso, perdi umas 3h com aquilo e finalmente aprendi como fazer. Dai para frente, criei diversas combinações de cores de pulseiras, mas não podia usar todas. Pensando em como resolver isso, pois minha mãe já queria jogar no lixo minhas maravilhosas criações, e também em como convencer minha mãe a comprar mais Kinder ovos para aumentar minha coleção de brinquedinhos acabei tendo uma incrível ideia.

Resolvi vender as pulseiras para a galera do prédio. Ofereci para alguns amigos e não tive muito sucesso. Insistente, fui lá e coloquei uma mesa na rua em frente ao prédio e continuei a não vender. Como de costume de todo brasileiro, insisti mais um pouco e se vendi uma, foi muito. Não lembro direito, mas se não me engano foi meu pai, também, que me deu a ideia de colocar todos os meus brinquedos do Kinder ovo junto na mesa para chamar a atenção.

Não é que deu certo? Só tive um problema, todos queriam comprar os brinquedinhos e não as pulseiras. Então foi ai que comecei a fazer vendas casadas e fiquei sem pulseira e sem brinquedinhos.

Como fiquei sem coleção, comecei um álbum de figurinha do campeonato brasileiro de futebol onde o símbolo do Palmeiras ainda era o periquito, e  do Atlético Paranaense, era o cartola. 

Foi uma empresa temporária porque a matéria prima acabou, os brinquedinhos acabaram e porque eu era criança e queria mais brincar do que trabalhar. E é isso que toda criança deve fazer.


Maaaaas, só fui perceber recentemente que o meu espírito empreendedor já começava ali e, ser um empresário não seria uma escolha, mais um instinto. E por incrível que pareça, depois de ter uma enorme família, ter meu grupo de empresas é a coisa que mais quero.


Pensamento Filosófico:
"Tente mover o mundo - o primeiro passo será mover a si mesmo." Platão

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